Espanha, Irlanda e Noruega aderem ao reconhecimento do Estado Palestino, rompendo com a política de EUA e aliados em conflito com Israel.

Três quartos dos países do mundo reconhecem o Estado palestino, proclamado por líderes no exílio há mais de 35 anos. Nesta quarta-feira, Espanha, Irlanda e Noruega anunciaram que vão aderir a essa política de reconhecimento, seguindo os passos de outros países que já reconhecem a Palestina como Estado.

A guerra entre Israel e o movimento palestino Hamas na Faixa de Gaza, desencadeada após um ataque do grupo islamita em território israelense no início de outubro, reavivou os apelos pelo reconhecimento do Estado palestino. A Autoridade Palestina informou que 142 dos 193 países-membros da ONU já reconhecem o Estado palestino.

Os Estados Unidos, aliados de Israel, usaram seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU em abril para bloquear uma resolução que permitiria aos palestinos aderirem às Nações Unidas como um Estado de pleno direito. No entanto, países como Espanha, Irlanda e Noruega decidiram romper com essa política e reconhecer o Estado palestino.

Essa questão remonta a 1988, quando durante a Primeira Intifada, o líder palestino Yasser Arafat proclamou unilateralmente um Estado palestino independente, com Jerusalém como capital. A Argélia foi um dos primeiros países a reconhecer oficialmente o Estado palestino, seguido por outros países, principalmente do mundo árabe e aqueles do bloco soviético.

O reconhecimento do Estado palestino já se tornou um assunto de debate em diversos fóruns internacionais. A iniatiiva da Espanha, Irlanda e Noruega, seguindo os passos de outros países como a Suécia, mostra que o reconhecimento do Estado palestino está se tornando uma tendência, independentemente do desfecho de um processo de paz com Israel. Novos capítulos devem ser escritos nessa história à medida que mais países passam a reconhecer a Palestina como um Estado soberano.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo