Espanha, Irlanda e Noruega reconhecem Estado Palestino como membro soberano da comunidade internacional a partir de 28 de maio

Três países europeus anunciaram uma decisão histórica nesta quarta-feira (22), ao reconhecerem o Estado da Palestina como um membro soberano da comunidade internacional. Espanha, Irlanda e Noruega declararam que a partir do dia 28 de maio, a Palestina será reconhecida como Estado, juntando-se a outros países do mundo, incluindo o Brasil, que já adotaram essa posição há mais de três décadas.

Essa decisão vem em meio ao conflito em curso entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza após um ataque terrorista do grupo ao sul do território israelense. A Autoridade Nacional Palestina (ANP) informou que 142 dos 193 estados-membros da ONU já reconhecem o Estado Palestino, evidenciando um apoio significativo à causa palestina.

Essa abordagem adotada pela Espanha, Irlanda e Noruega contrasta com a postura de países como Estados Unidos, Canadá, maioria dos países da Europa Ocidental, Austrália, Japão e Coreia do Sul, que ainda não reconhecem formalmente o Estado palestino. Washington, em especial, tem sido um dos principais aliados de Israel e tem usado seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU para bloquear resoluções pró-Palestina.

A proclamação de um Estado palestino não é um acontecimento recente. Em 1988, durante a primeira intifada, Yasser Arafat proclamou unilateralmente um Estado palestino independente, com Jerusalém como sua capital. Desde então, diversos países ao redor do mundo têm reconhecido a Palestina, incluindo nações da América Latina, África, Ásia e Europa.

A decisão da Espanha, Irlanda e Noruega, somada à postura de outros países europeus como Suécia e Vaticano, sinaliza um movimento global em direção ao reconhecimento do Estado palestino. Essa mudança de posicionamento pode impactar o cenário geopolítico no Oriente Médio e fortalecer a busca por uma solução de dois Estados, com Israel e Palestina convivendo em paz e segurança. Ações como essas mostram que a questão palestina continua sendo uma pauta relevante e atual no cenário internacional.

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