Estiagem no Amazonas preocupa autoridades e alerta para nova tragédia climática no Norte do Brasil, aponta senador Plínio Valério.

Em um pronunciamento realizado nesta quarta-feira (22), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) chamou a atenção para uma “nova tragédia climática” que ameaça atingir o extremo Norte do Brasil, especialmente o território amazonense. Durante uma reunião na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) em Manaus, Plínio alertou que a estiagem de 2024 já está sendo tratada como uma certeza pelos representantes dos governos federal, estadual e municipal presentes no encontro.

O senador ressaltou que, apesar de alguns rios da Amazônia estarem apresentando enchentes e ainda ocorrerem chuvas na região, os indicadores de nível das águas apontam para uma crise climática iminente. Ele destacou a situação preocupante do Rio Negro, que atualmente se encontra em um nível inferior ao registrado durante a cheia de 2023. Essa queda no nível do rio pode indicar uma nova estiagem, semelhante à enfrentada no ano anterior, que resultou na maior vazante da história do Rio Negro e impactou a navegação fluvial na região.

Além disso, Plínio enfatizou a importância da finalização do asfaltamento da BR-319, principal ligação terrestre do Amazonas com o restante do país. Ele criticou a postura da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que se opõe às obras na rodovia, acusando-a de favorecer organizações não governamentais internacionais que financiam estudos fictícios. Para o senador, é essencial que a BR-319 esteja trafegável o mais rápido possível, garantindo o abastecimento de Manaus, principalmente em momentos de baixa nos níveis dos rios que podem prejudicar a navegação.

O Ministro Renan Filho foi mencionado por Plínio como garantia de que a BR-319 estará trafegável, mesmo que ainda não tenha autorizado o asfaltamento de outros trechos. A questão da rodovia é crucial para garantir que os caminhões e ônibus possam abastecer Manaus e evitar um colapso na oferta de alimentos e medicamentos na região. Caso não haja uma ação rápida, a capital do Amazonas corre o risco de enfrentar graves consequências em decorrência da iminente crise climática.

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