A Febre Oropouche é uma arbovirose endêmica da região Norte do país, sendo incomum a incidência da doença em outros territórios. No entanto, o vírus oropouche foi identificado em amostras de exames realizados em uma mulher de 45 anos e um homem de 35 anos, ambos moradores de Rio Formoso, município da Mata Sul de Pernambuco.
O diagnóstico foi realizado a partir da estratégia de testagem de 10% dos resultados negativos para outras arboviroses, após a chegada de kits diagnósticos do Ministério da Saúde (MS) ao Lacen-PE. O vírus Oropouche é causado pelo arbovírus do gênero orthobunyavirus e transmitido principalmente pelo mosquito culicoides, conhecido popularmente como muriçoca ou pernilongo.
Os sintomas são similares aos da dengue, incluindo febre, cefaleia intensa, dor retro-orbitária e mialgias. No entanto, até o momento, não há registros de óbitos causados pela Febre Oropouche. Equipes de vigilância ambiental e de informações estratégicas em saúde estarão em Rio Formoso nesta quinta-feira (23) para investigar e implementar medidas de controle e redução do risco de transmissão pelo mosquito vetor.
O diretor de vigilância ambiental, Eduardo Bezerra, ressaltou a importância de evitar áreas com muitos mosquitos, utilizar roupas que cubram a maior parte do corpo, aplicar repelente nas áreas expostas da pele e manter a limpeza da casa e arredores, uma vez que os mosquitos transmissores preferem locais com água suja. Medidas como essas são essenciais para prevenir a exposição à Febre Oropouche e devem ser adotadas pela população até que novas recomendações sejam emitidas.
