Governo reverte bloqueio de R$ 2,9 bilhões do Orçamento e amplia limite de gastos com liberação de R$ 15,8 bilhões

O governo brasileiro liberou os R$ 2,9 bilhões do Orçamento Geral da União que haviam sido bloqueados em março, como resultado da liberação de R$ 15,8 bilhões em gastos. Essa reversão foi anunciada no Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas divulgado pelo Ministério do Planejamento.

O aumento do teto de gastos em R$ 15,8 bilhões foi incluído de forma inesperada como uma emenda na lei que retomou a cobrança do Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito, impactando positivamente a situação fiscal do país. Esse montante permitiu ao governo ampliar o limite de gastos do novo arcabouço fiscal, garantindo uma margem de R$ 2,5 bilhões em relação ao limite estabelecido.

O déficit primário estimado para o ano foi ajustado de R$ 9,3 bilhões para R$ 14,5 bilhões, equivalente a 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Dentro do limite de tolerância de déficit estabelecido, o governo se encontra em uma situação favorável considerando as projeções de arrecadação e despesas.

A inclusão de R$ 24,4 bilhões em gastos, especialmente para auxiliar o estado do Rio Grande do Sul, contribui para o aumento das despesas federais. Esses recursos extras não estão sujeitos às metas fiscais vigentes, o que proporciona mais flexibilidade ao governo para lidar com questões emergenciais.

Para alcançar a meta de resultado primário zero e garantir a estabilidade fiscal, o governo precisa obter R$ 168 bilhões este ano. As medidas adotadas, como a limitação das compensações tributárias e a manutenção da desoneração da folha de pagamento para setores específicos, são fundamentais para atingir esses objetivos.

Em resumo, a liberação dos R$ 2,9 bilhões do Orçamento Geral da União representa um passo importante na gestão fiscal do país, demonstrando a capacidade de ajuste e planejamento do governo diante de desafios econômicos e orçamentários.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo