Juiz diverge sobre prisão de acusados de ataque ao ônibus do Fortaleza; Polícia Civil e Ministério Público pediram medidas mais severas.

Na última terça-feira (21), durante uma coletiva de imprensa realizada no Centro Integrado de Comando e Controle Estadual (CICCE), o gestor do Comando e Operações e Recursos Especiais (CORE) da Polícia Civil de Pernambuco, o Delegado Especial Antônio Barros, fez declarações sobre os desdobramentos da Operação de Repressão Qualificada Hooligans, que teve origem no ataque ao ônibus do time de futebol do Fortaleza.

Nesta operação, o Ministério Público e a Justiça acataram a representação da Polícia Civil, que solicitava a prisão preventiva do presidente e vice-presidente da torcida organizada do Sport, juntamente com outros cinco homens. No entanto, houve divergências de entendimento por parte do juiz, que decidiu pela liberdade dos acusados.

A investigação conduzida pela Polícia Civil resultou na prisão temporária de sete pessoas, sendo que duas estão foragidas e outras duas foram liberadas por colaborarem com as investigações. Após a conclusão do Inquérito Policial, o Ministério Público de Pernambuco recebeu o documento com a solicitação de prisão preventiva por tentativa de homicídio, associação criminosa e provocação de tumulto.

Antônio Barros, gestor do CORE, enfatizou que a Polícia Civil defende a prisão dos envolvidos pelos graves crimes cometidos, ressaltando o respeito às decisões do Poder Judiciário. Medidas cautelares foram estabelecidas, incluindo a proibição de comparecimento a jogos do Sport em Pernambuco e fora do estado, além da restrição de frequentar as sedes das torcidas organizadas e de se afastar da Região Metropolitana do Recife por mais de 15 dias.

Barros ainda alertou que o descumprimento das medidas cautelares pode resultar em prisão. A Operação Hooligans foi conduzida pela Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva, sob a supervisão do delegado Raul Carvalho, e visa coibir atividades criminosas ligadas às torcidas organizadas.

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