A audiência acontecerá em Fort Pierce, na Flórida, perante a juíza Aileen Cannos, que anteriormente havia adiado o julgamento de Trump sobre o caso por tempo indeterminado. O magnata, que almeja retornar à presidência nas eleições de novembro, está sendo acusado de guardar arquivos secretos, incluindo registros do Pentágono e da Agência de Segurança Nacional, em sua casa de praia na Flórida sem permissão adequada, além de obstruir os esforços oficiais para recuperá-los.
Tanto Trump quanto seu assistente pessoal, Walt Nauta, também envolvido no caso, apresentaram moções à justiça para descartar o processo. Em 2023, o ex-presidente declarou sua inocência em relação às acusações de retenção ilegal de informações de defesa nacional, conspiração para obstruir a justiça e declarações falsas.
Essa nova tentativa da defesa de Trump em retirar as acusações neste caso representa mais um capítulo na saga jurídica em que ele se encontra. O ex-presidente, que está enfrentando um julgamento por falsificação de registros contábeis em Nova York, não é esperado na audiência na Flórida.
Este é o primeiro desdobramento desde o adiamento do início do julgamento no início de maio pela juíza Cannon, evidenciando um revés para o promotor Jack Smith, responsável pelas acusações contra Trump. Esse adiamento dificulta a possibilidade de o julgamento ocorrer antes das eleições presidenciais em menos de seis meses. Os advogados de Trump têm buscado adiar os processos judiciais contra ele para após as eleições, na esperança de que as acusações federais sejam retiradas caso ele vença o pleito.
Além dos casos em Nova York e Flórida, Trump também é alvo de acusações em Washington e Geórgia relacionadas à tentativa de reverter os resultados das eleições de 2020, das quais saiu derrotado pelo democrata Joe Biden, a quem enfrentará novamente em novembro.