O príncipe, de 72 anos, possui um histórico de envolvimento com ideias monarquistas, antissemitas e obscurantistas. Ele e seus comparsas fazem parte de um movimento extremista de extrema-direita conhecido como “Reichsbürger”, que rejeita a república democrática estabelecida após a Segunda Guerra Mundial e acredita que a Alemanha ainda está sob ocupação dos Aliados.
O aumento do número de membros dos “Reichsbürger” nos últimos anos tem preocupado as autoridades alemãs. O movimento se espalhou pela sociedade e, inclusive, estabeleceu presença em zonas rurais, onde criam relações sociais e propagam sua ideologia ultrarradical.
Os “Reichsbürger” abraçam o racismo, o antissemitismo e flertam com crenças esotéricas. Eles chegam a ameaçar políticos, enviar cartas agressivas e estabelecer grupos armados. Além disso, o movimento já causou episódios de violência, como tiroteios envolvendo agentes policiais e membros dos “Reichsbürger”.
O governo alemão tem condenado o movimento e considera suas ações como uma ameaça à democracia e à segurança nacional. Os julgamentos em andamento trazem à tona a dimensão perigosa desse grupo extremista e sua ligação com partidos políticos de extrema-direita, como a Alternativa para a Alemanha (AfD), que tem se aproximado dos “Reichsbürger” em seus discursos.
A comunidade local de Rutenberg é um exemplo de resistência ao avanço dos “Reichsbürger”, tendo formado uma Aliança pela Democracia para se opor às ações do movimento. A persistência desses grupos de ultradireita exige uma resposta firme das autoridades para proteger a democracia e a segurança do país.