Após o anúncio do reconhecimento, a primeira reação de Israel foi chamar de volta o seu embaixador na Noruega. Isso levanta questionamentos sobre a capacidade do país escandinavo de desempenhar seu papel mediador, como enfatizado por Sylvi Listhaug, líder do Partido do Progresso norueguês.
O chanceler francês, Stéphane Séjourné, também se pronunciou sobre o reconhecimento da Palestina, destacando que o momento pode não ser o mais adequado para avançar em direção à estabilização do conflito. Para a França, as condições atuais não seriam favoráveis para que a decisão da Noruega tenha um impacto real no processo de paz.
Por sua vez, o governo norueguês reafirmou sua crença de que um Estado palestino é um pré-requisito para alcançar a paz no Oriente Médio. O ministro das Relações Exteriores da Noruega, Espen Barth Eide, destacou a importância de manter o contato próximo com Israel, apesar da decisão de reconhecimento.
No entanto, a reação israelense foi de descontentamento, com políticos locais argumentando que o momento não é oportuno para discutir a criação de um Estado Palestino. O receio é de que esse reconhecimento possa ser interpretado como uma recompensa ao Hamas por ações terroristas passadas.
Embora a Noruega já tenha desempenhado um papel fundamental nas negociações para a criação da Autoridade Nacional Palestina, a decisão de reconhecer a Palestina pode afetar sua posição como mediador no conflito Israel-Palestina. O país espera fazer progressos na reunião que ocorrerá em Bruxelas ainda este mês, enquanto Israel e outros países ainda manifestam reservas em relação ao reconhecimento do Estado Palestino pela Noruega.