Durante a votação, o senador Dr. Hiran optou por manter o texto original enviado pela Câmara dos Deputados, ressaltando que a autorização familiar ainda é um dos principais obstáculos para a realização de transplantes. Mesmo quando a pessoa manifestou o desejo de ser doadora, a obtenção da autorização dos familiares muitas vezes se mostra difícil.
Para o senador, a realização de campanhas é essencial para combater essa resistência das famílias. Ele enfatiza que é necessário sensibilizar a população, destacando que a doação de órgãos é um ato voluntário movido pelo amor ao próximo.
Além disso, Dr. Hiran chamou a atenção para a falta de estrutura em diversas regiões para a realização de cirurgias de transplante de córneas. Muitos pacientes precisam se deslocar para outras localidades em busca do tratamento adequado, evidenciando a necessidade de descentralizar as unidades de transplante no país.
A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) também fez um alerta sobre a situação no estado do Mato Grosso do Sul, que apesar de contar com uma boa captação de córneas, ainda enfrenta dificuldades para realizar as cirurgias necessárias, deixando mais de 380 pessoas aguardando na fila.
É importante ressaltar que a córnea é um tecido fundamental para manter a saúde ocular e que o Ministério da Saúde destaca a importância dos Bancos de Tecidos Oculares Humanos na busca, retirada e processamento desses órgãos doados.
Após ser aprovado na CAS, o projeto seguirá para análise na Comissão de Educação e Cultura (CE), onde será discutido e avaliado para posteriormente se tornar lei. A Comissão de Assuntos Sociais, atualmente presidida pelo senador Humberto Costa (PT-PE), desempenha um papel fundamental no debate e na deliberação de temas relevantes para a sociedade.
