Servidores de hospitais federais do Rio de Janeiro em greve por recomposição salarial e melhorias nas unidades sucateadas.

Na manhã de hoje, servidores de seis hospitais federais do Rio de Janeiro se reuniram em frente ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) para realizar um ato em apoio à greve iniciada no último dia 15 de maio. Os manifestantes reivindicam recomposição salarial, realização de concurso público e reestruturação das unidades de saúde, que, segundo eles, estão sucateadas devido à falta de investimentos nos últimos anos.

Além do ato em frente ao Into, os servidores organizaram uma passeata na Avenida Brasil e uma assembleia, onde decidiram pela adesão à greve dos servidores da unidade. A adesão dos funcionários dos hospitais da Lagoa, Ipanema, Servidores, Andaraí, Cardoso Fontes e Bonsucesso também foi confirmada durante o evento.

Segundo Cristiane Gerardo, representante do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social no Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev-RJ), a categoria considera o ato como uma vitória. Os servidores estão mobilizados, realizando piquetes e conscientizando a população sobre as demandas do movimento.

Entre as principais reivindicações dos servidores estão o reajuste zero nos salários deste ano, a correção apenas dos valores dos auxílios alimentação, creche e saúde, e a falta de propostas que atendam às exigências do movimento grevista. Eles também denunciam desvios de função, pagamentos incorretos de insalubridade, falta de convocação de concursos públicos desde 2005, déficit de 12 mil profissionais e a ameaça de entrega da rede federal para o município.

Para os próximos passos, os servidores planejam uma assembleia virtual na próxima segunda-feira (27) para avaliar a continuidade da paralisação. Além disso, está previsto um ato unificado em frente ao Hospital do Andaraí, no dia seguinte, como forma de pressionar a direção da unidade. Outras mobilizações estão sendo discutidas, como um ato em Copacabana no dia 9 de junho.

O Ministério da Saúde, procurado para comentar a situação, divulgou uma nota afirmando que está aberto ao diálogo com os servidores e reforçou o compromisso em fortalecer os hospitais federais. A pasta destacou a convocação de mais de mil profissionais, a instalação de um Comitê Gestor e a prorrogação de contratos temporários como medidas para reestruturar as unidades de saúde no Rio de Janeiro.

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