Segundo o planejamento da SES-PE, os pacientes serão submetidos ao procedimento na rede própria e na contratualizada ao longo de 12 meses. Durante esse período, cerca de 217 cirurgias serão realizadas de forma descentralizada em unidades de saúde da capital, agreste e sertão.
Até o momento, três crianças já passaram pela cirurgia no Hospital Otávio de Freitas (HOF), que continuará responsável pelo procedimento duas vezes por mês até agosto. Após esse período, outros serviços de saúde serão envolvidos para ampliar a capacidade de realização das cirurgias.
A justificativa para o ritmo mais lento das cirurgias nos meses de maio e junho se deve à sobrecarga da rede pública com o aumento dos casos de vírus respiratórios, que diminuem a disponibilidade de leitos de terapia intensiva necessários para a recuperação pós-cirúrgica das crianças com microcefalia.
Durante a reunião, a secretária de saúde de Pernambuco, Zilda Cavalcanti, destacou a importância do trabalho em equipe na área da saúde e reiterou o compromisso de melhorar a qualidade de vida dessas crianças. A UMA se reunirá mensalmente com os técnicos da SES-PE para acompanhar os trabalhos e identificar possíveis ajustes para garantir o sucesso do cronograma.
Além das cirurgias de quadril, o cronograma de assistência abrangerá outros procedimentos, como a rizotomia dorsal seletiva (SDR) e consultas ambulatoriais de escoliose, dedicados às crianças com microcefalia. A SES-PE se comprometeu a reduzir a demanda reprimida que se formou a partir de 2015, quando Pernambuco foi o epicentro da epidemia da síndrome congênita do zika vírus.
Em resumo, o cronograma apresentado pela SES-PE representa um passo importante na melhoria da qualidade de vida das crianças com microcefalia em Pernambuco, proporcionando acesso a procedimentos cirúrgicos essenciais para o seu bem-estar físico e emocional.
