O veterinário Sergio Valenzuela, que está na linha de frente dessa crise, relatou ter encontrado 138 corpos de bugios desde o início de maio. Segundo Valenzuela, o calor intenso, a seca, os incêndios florestais e a falta de água devido à extração de madeira foram os principais fatores que contribuíram para a tragédia. Os macacos estavam em estado grave de desidratação e acabaram morrendo em questão de minutos.
No entanto, nem todos os primatas tiveram um desfecho trágico. Cinco bugios foram resgatados por bombeiros voluntários e receberam atendimento veterinário, conseguindo se recuperar e voltar ao seu estado normal. Valenzuela ressaltou a importância de cuidados especializados para os animais, especialmente os mais jovens, que correm risco de contrair doenças ao entrar em contato com patógenos presentes em animais domésticos.
Por outro lado, as autoridades tentam lidar com as consequências do calor extremo não apenas para os animais, mas também para os habitantes locais. O México tem enfrentado recordes de temperatura, com algumas cidades registrando até 47ºC. A escassez de chuvas e a seca de lagos e represas têm levado as autoridades a adotar medidas emergenciais, como o envio de caminhões-pipa para abastecer hospitais e veículos de emergência.
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, reconheceu a gravidade da situação e ofereceu apoio ao trabalho do veterinário Sergio Valenzuela. A morte dos bugios serve como um alerta para as mudanças climáticas e a necessidade de preservação do ecossistema.
Portanto, é fundamental que medidas sejam tomadas para proteger a fauna e flora da região, garantindo a sobrevivência de espécies tão importantes para a biodiversidade local. Este triste episódio dos macacos bugios em Tabasco deve servir como um chamado para a conscientização sobre a urgência de ações efetivas em prol do meio ambiente.
