Venezuela condena 29 réus por incursão armada contra Maduro: penas de até 30 anos de prisão

A Justiça venezuelana proferiu sentença contra 29 réus por uma incursão armada fracassada contra o governo de Nicolás Maduro em 2020, impondo penas que variam entre 21 e 30 anos de prisão. A chamada ‘Operação Gideon’, desmantelada em maio de 2020, foi liderada por soldados venezuelanos reformados e mercenários estrangeiros pagos pela oposição, de acordo com as autoridades de Caracas.

O procurador-geral Tarek William Saab divulgou os desfechos da audiência em um tribunal, revelando que 20 acusados foram condenados a 30 anos de prisão, enquanto nove receberam penas de 21 anos. Entre os condenados, está Josnars Adolfo Baduel, filho do falecido general Raúl Baduel, antigo aliado de Hugo Chávez. A filha de Raúl, Andreína Baduel, criticou a sentença contra o irmão, alegando que ele foi vítima de tortura.

Diversas acusações foram imputadas aos réus, incluindo terrorismo, traição e tráfico de armas de guerra. A Operação Gideon, de acordo com as autoridades, visava invadir a Venezuela a partir da Colômbia para derrubar Maduro. Além disso, o procurador Saab afirmou que ainda existem outros envolvidos foragidos da Justiça.

No desdobramento do caso, dois americanos condenados, Luke Denman e Airan Berry, foram libertados da prisão e entregues aos Estados Unidos em uma troca de prisioneiros que resultou na soltura do empresário colombiano Alex Saab, acusado de ser testa de ferro de Maduro. Saab também levantou acusações contra o ex-líder da oposição Juan Guaidó, alegando que este financiou a operação com fundos do Estado sob seu controle.

A sentença dos condenados gerou controvérsias e críticas por parte de familiares e organizações de direitos humanos, que denunciam supostas irregularidades no processo judicial. O caso continua a suscitar debates e questionamentos sobre as relações políticas e jurídicas na Venezuela.

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