Após a cúpula trilateral inaugural em 2008, era esperado que os líderes sul-coreanos, chineses e japoneses se reunissem anualmente. No entanto, a última reunião, que ocorreu em dezembro de 2019, na China, foi interrompida devido aos desafios impostos pela pandemia e às tensões entre os países. Com isso, a expectativa é que a reunião trilateral aconteça na próxima segunda-feira, 27, em Seul, com a participação do presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol, do primeiro-ministro chinês Li Qiang e do primeiro-ministro japonês Fumio Kishida. O presidente chinês, Xi Jinping, não estará presente.
Tanto a Coreia do Sul quanto o Japão são aliados militares importantes dos Estados Unidos, abrigando um total de 80 mil soldados americanos em seus territórios. Diante do avanço do programa nuclear da Coreia do Norte e da crescente influência da China na região, ambos os países têm fortalecido sua parceria de segurança trilateral com os EUA, condição que tem incomodado a China e a Coreia do Norte.
Segundo observadores, a reunião trilateral acontece num momento crucial em que os três países compartilham a necessidade de melhorar seus laços. Tanto a Coreia do Sul quanto o Japão buscam manter uma boa relação com a China, seu maior parceiro comercial, ao mesmo tempo em que Pequim não deseja ver um fortalecimento da cooperação de segurança entre Seul, Tóquio e Washington. Nesse cenário de desafios e interesses conflitantes, a reunião trilateral surge como um passo importante na tentativa de promover a paz e a estabilidade na região asiática.