Macron afirmou durante uma coletiva de imprensa em Nouméa que a proposta de reforma no censo eleitoral não será aprovada à força, dando tempo para que as partes envolvidas cheguem a um acordo global. A crise teve início em 13 de maio, quando o governo propôs a reforma no censo eleitoral, gerando confrontos entre a população indígena kanak, favorável à independência, e os habitantes leais à França.
A situação se agravou com distúrbios que resultaram em mortes e violência, levando Macron a visitar o arquipélago para tentar conter a crise. Macron descreveu a situação como um “movimento de insurreição absolutamente sem fundamentos” e afirmou que a prioridade é restaurar a paz, a calma e a segurança na região.
Para conter os distúrbios, cerca de 3 mil agentes de segurança foram enviados a Nova Caledônia, e medidas como toque de recolher noturno e restrições à venda de álcool foram implementadas. Macron nomeou três altos funcionários para facilitar o diálogo entre as partes e prometeu fazer uma avaliação da situação em um mês.
As tensões persistem no arquipélago, com barricadas e carros incendiados ainda afetando a região metropolitana. A presença de Macron também gerou críticas de autoridades australianas e da Nova Zelândia, que alegaram dificuldades em operações de evacuação devido à visita do presidente francês.
Com a promessa de buscar a paz e o diálogo, Macron tenta restabelecer a calma em uma das regiões mais graves da França, onde conflitos étnicos e políticos desencadearam uma crise sem precedentes. O desfecho da situação na Nova Caledônia continua incerto, mas Macron reafirmou seu compromisso em buscar uma solução negociada e democrática para a crise.