Segundo relatos, a mãe afirmou em depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que deu leite para a criança logo após administração do veneno, na tentativa de cortar o efeito da substância tóxica. Ainda mais perturbador foi o fato de que ela guardou o corpo da bebê em um freezer por um mês, descongelando-o todas as noites para chorar sobre o cadáver.
A mulher permaneceu detida na unidade policial durante a noite e, na manhã seguinte, foi conduzida à audiência de custódia. Durante a sessão, sua prisão em flagrante foi convertida em preventiva e ela será encaminhada à Colônia Penal Feminina Bom Pastor, no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, para responder pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
De acordo com as primeiras informações da polícia, o crime teria sido cometido um mês antes da descoberta, e a mulher mantinha o corpo escondido na geladeira de sua própria casa. Ela admitiu ter dado o veneno diretamente na boca da criança, mas não conseguiu evitar a morte da pequena.
A avó da criança, mãe da suspeita, revelou à imprensa detalhes assustadores sobre os últimos momentos da bebê. Segundo ela, a filha entregou um frasco de “chumbinho” confessando o crime e ameaçando também matar o outro filho, de 7 anos, e tirar a própria vida. Ela descreveu como a mulher retirava o corpo do congelador diariamente para chorar e o devolvia antes de sair para o trabalho.
A Polícia Civil continua investigando o caso e afirmou que as apurações seguirão até que todos os fatos sejam esclarecidos. A população aguarda por justiça e busca compreender como uma mãe pode cometer um ato tão cruel contra seu próprio filho.