A iniciativa visa promover a reconciliação, conforme ressaltou o embaixador alemão, Ante Leendertse, durante o encontro. Ele destacou que a ONU foi fundada após a Segunda Guerra Mundial, que foi desencadeada pela Alemanha nazista e resultou na morte de mais de 60 milhões de pessoas. Nesse sentido, a organização tem o papel crucial de evitar a repetição de tais crimes genocidas.
Em 1995, durante o conflito interétnico que assolou a Bósnia, as forças sérvias sob o comando do general Ratko Mladic capturaram a cidade de Srebrenica e executaram cerca de 8.000 homens muçulmanos. Esse massacre, considerado o pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, foi classificado como genocídio pelo Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia e pela Corte Internacional de Justiça.
Apesar dessas evidências e condenações, o líder sérvio Milorad Dodik se recusa a aceitar a resolução da ONU e nega a ocorrência do genocídio. Ele afirmou que não incluirá a data nos currículos escolares e não participará das comemorações em 11 de julho.
Com a resolução aprovada, 11 de julho passa a ser oficialmente reconhecido como o “Dia Internacional de Reflexão e Memória do Genocídio Cometido em Srebrenica em 1995”. Além disso, o texto condena veementemente qualquer negação do genocídio e atos que glorifiquem os responsáveis por esses crimes hediondos.