Em declaração feita nas redes sociais, Lula ressaltou a importância desse reconhecimento, afirmando que é uma questão de justiça para todo um povo que tem lutado pelo seu direito à autodeterminação. Além disso, ele destacou que esse gesto favorecerá os esforços para promover a paz e a estabilidade na região. O presidente lembrou que o Brasil foi um dos primeiros países na América Latina a reconhecer o Estado da Palestina em 2010, com base nas fronteiras de 1967.
A oficialização do reconhecimento pelos países europeus está prevista para o dia 28, e o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, afirmou que a medida visa acelerar os esforços para alcançar um cessar-fogo na guerra entre Israel e o grupo Hamas, na Faixa de Gaza.
Contudo, a decisão desses países europeus desagradou Israel, que retirou seus embaixadores de Espanha, Irlanda e Noruega em protesto. O governo de Benjamin Netanyahu é contrário ao reconhecimento unilateral do Estado Palestino, alegando que seria uma recompensa ao ataque do Hamas em outubro de 2023.
O conflito entre Israel e Hamas teve início com um ataque surpresa do grupo palestino contra Israel, seguido por uma escalada de violência que resultou em milhares de mortes e feridos. As duas partes estão em um impasse, sem uma solução clara à vista.
Em meio a esse cenário tenso, o reconhecimento do Estado Palestino por alguns países europeus traz novos elementos ao tabuleiro de xadrez político no Oriente Médio. Ações como essa tendem a moldar o futuro da região e influenciar as negociações em busca de uma paz duradoura.