Projeto de reforma do Código Eleitoral unifica legislação e pode ser votado na CCJ do Senado no dia 5 de junho.

No cenário político brasileiro, o projeto de lei complementar (PLC) que propõe uma reforma no Código Eleitoral, datado de 1965, pode ser votado no dia 5 de junho na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O relator responsável pela matéria, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), informou que as mudanças propostas incluem a exigência de afastamento de quatro anos antes das eleições para militares das Forças Armadas, juízes, membros do Ministério Público, policiais federais e rodoviários, policiais civis e militares, além de guardas municipais. No entanto, essa medida só entraria em vigor a partir das eleições de 2026.

De acordo com Castro, as lideranças do Senado e o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se comprometeram a votar o projeto na manhã do dia 5 na CCJ, com a possibilidade de votação em plenário na parte da tarde. O texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados no ano de 2021.

Além disso, está previsto um debate no plenário do Senado no dia 6 de junho para discutir temas como o fim da reeleição para cargos de prefeitos, governadores e presidente, a criação do mandato de cinco anos e a unificação das eleições municipais, estaduais e federais no mesmo ano. O objetivo desse debate é envolver a sociedade na tomada de decisões sobre o arcabouço jurídico eleitoral do país.

O senador também apresentou três Propostas de Emendas à Constituição (PECs) em fevereiro para alterar as regras de reeleição, tempo de mandato e coincidência de eleições, evidenciando o esforço do Legislativo em promover mudanças significativas no sistema eleitoral brasileiro.

Dentre as 127 mudanças propostas pelo PLC, destacam-se a definição de prazos para a inelegibilidade de políticos cassados, a fixação de seis meses como prazo de desincompatibilização para candidatos ocupantes de cargos executivos, e a alteração na distribuição das sobras eleitorais. O projeto também estabelece regras para o uso da Inteligência Artificial nas campanhas políticas, visando garantir transparência e ética no processo eleitoral.

Portanto, a expectativa é que a votação do PLC e a subsequente discussão dos temas propostos possam trazer avanços e modernizações importantes para a legislação eleitoral brasileira, promovendo maior transparência, participação da sociedade e eficiência no sistema político do país.

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