As pesquisas mostram que a questão da migração é uma prioridade para os eleitores, que estão se preparando para uma nova disputa entre Biden e seu adversário republicano, o ex-presidente Donald Trump. O aumento das travessias ilegais para níveis históricos tem gerado preocupação entre os cidadãos americanos, tornando o tema migratório ainda mais relevante no cenário político atual.
Após meses de negociações, a reforma da lei de migração foi elaborada por ambos os partidos, no entanto, os republicanos rejeitaram a proposta em fevereiro, logo após uma intervenção de última hora de Trump. Esta intervenção foi influente, uma vez que o ex-presidente tem na questão da fronteira um dos principais pilares de sua possível campanha para retornar à Casa Branca.
Os democratas levaram a reforma novamente ao plenário do Senado na última quinta-feira, porém esbarraram na resistência dos congressistas republicanos, que rejeitaram a proposta logo na fase inicial de votação processual. A rejeição dos republicanos à reforma migratória foi criticada por Biden, que acusou os oponentes de priorizarem a política partidária em detrimento do país.
Embora a reforma proposta incluísse medidas rigorosas, como a reformulação do sistema de asilo e refúgio, alocando mais pessoal na fronteira sul e concedendo poderes de emergência para fechá-la em momentos de alto fluxo migratório, a bancada republicana se manteve firme em sua posição contrária ao projeto. O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, chegou a vincular a aprovação da reforma à liberação de um pacote de ajuda militar para a Ucrânia, o que acabou não se concretizando.
Em meio a esse impasse, a questão migratória continua sendo um tema central na política americana, especialmente em um momento de eleições presidenciais. O futuro da reforma migratória nos Estados Unidos permanece incerto, enquanto republicanos e democratas seguem em lados opostos dessa importante discussão.