Senado dos EUA rejeita reforma migratória, considerada “artimanha” democrata antes das eleições presidenciais, em revanche entre Biden e Trump.

Na última quinta-feira (23), a bancada republicana do Senado dos Estados Unidos rejeitou, pela segunda vez em 2024, uma abrangente reforma migratória proposta pelo governo de Joe Biden. Essa reforma, considerada uma das mais rigorosas em décadas, foi vista pelos republicanos como uma manobra dos democratas antes das eleições presidenciais de novembro. Os republicanos argumentaram que a proposta de reforma migratória representava uma tentativa dos democratas de obter vantagem política em meio ao cenário eleitoral.

As pesquisas mostram que a questão da migração é uma prioridade para os eleitores, que estão se preparando para uma nova disputa entre Biden e seu adversário republicano, o ex-presidente Donald Trump. O aumento das travessias ilegais para níveis históricos tem gerado preocupação entre os cidadãos americanos, tornando o tema migratório ainda mais relevante no cenário político atual.

Após meses de negociações, a reforma da lei de migração foi elaborada por ambos os partidos, no entanto, os republicanos rejeitaram a proposta em fevereiro, logo após uma intervenção de última hora de Trump. Esta intervenção foi influente, uma vez que o ex-presidente tem na questão da fronteira um dos principais pilares de sua possível campanha para retornar à Casa Branca.

Os democratas levaram a reforma novamente ao plenário do Senado na última quinta-feira, porém esbarraram na resistência dos congressistas republicanos, que rejeitaram a proposta logo na fase inicial de votação processual. A rejeição dos republicanos à reforma migratória foi criticada por Biden, que acusou os oponentes de priorizarem a política partidária em detrimento do país.

Embora a reforma proposta incluísse medidas rigorosas, como a reformulação do sistema de asilo e refúgio, alocando mais pessoal na fronteira sul e concedendo poderes de emergência para fechá-la em momentos de alto fluxo migratório, a bancada republicana se manteve firme em sua posição contrária ao projeto. O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, chegou a vincular a aprovação da reforma à liberação de um pacote de ajuda militar para a Ucrânia, o que acabou não se concretizando.

Em meio a esse impasse, a questão migratória continua sendo um tema central na política americana, especialmente em um momento de eleições presidenciais. O futuro da reforma migratória nos Estados Unidos permanece incerto, enquanto republicanos e democratas seguem em lados opostos dessa importante discussão.

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