TCE-RJ examina proposta para retomada das obras da estação do Metrô na Gávea, no RJ, após escândalo de corrupção

O Tribunal de Contas do estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) está analisando com cuidado a proposta apresentada pelo governo estadual para a retomada das obras da estação do Metrô, localizada na Gávea, na zona sul do Rio de Janeiro. Reuniões estão sendo realizadas para discutir aspectos técnicos, transparência, fiscalização e prazos envolvidos nesse projeto que promete melhorar a mobilidade urbana na cidade maravilhosa.

A proposta em questão foi elaborada em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), a concessionária Metrô-Rio e as empreiteiras Novonor (antiga Odebrecht) e Carioca Engenharia, que são responsáveis pelas obras da estação. Para garantir a transparência e a correta execução do projeto, as partes envolvidas assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

A estação da Gávea foi incluída originalmente na Linha 4 do Metrô, um projeto que sofreu várias modificações ao longo dos anos e que só foi concretizado devido à escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. As obras de ligação entre as estações General Osório, em Ipanema, e Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, totalizaram um custo de R$ 9,6 bilhões.

No entanto, as empreiteiras responsáveis pelas obras foram alvo de investigações relacionadas a esquemas de corrupção, que foram revelados como parte da Operação Lava-Jato. Acusações de superfaturamento resultaram em determinações do TCE-RJ para ressarcimento e aplicação de multas, estimando um prejuízo de R$ 3,7 bilhões aos cofres públicos.

Com as obras paralisadas desde 2015, a estação na Gávea é a única que ainda não saiu do papel. Recentemente, o secretário estadual de Transporte e Mobilidade Urbana, Washington Reis, entregou o TAC ao TCE-RJ, buscando retomar os trabalhos o mais breve possível.

Detalhes sobre o acordo com as empreiteiras não foram divulgados publicamente. Já a concessionária Metrô-Rio se comprometeu a realizar um aporte financeiro estimado em R$ 600 milhões, garantindo sua permanência à frente da operação do serviço por mais dez anos.

A Secretaria Estadual de Transporte e Mobilidade Urbana destacou a importância e a complexidade do projeto, ressaltando o tempo dedicado a negociações intensas para alcançar um desfecho positivo para a população. Enquanto isso, o MPRJ informou que as obras do Metrô na Gávea estão sendo tratadas em diferentes níveis e que dependem de homologações judiciais.

O TCE-RJ reiterou seu compromisso com a agilidade na análise do Termo de Ajustamento de Conduta, buscando garantir a retomada das obras o mais rapidamente possível para que a população do Rio de Janeiro possa se beneficiar dessa importante infraestrutura de transporte público.

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