O placar foi de 4 a 3 contra a denúncia, e a procuradoria ainda tem a possibilidade de recorrer da decisão. As acusações incluíam abuso de poder econômico, político, de autoridade e uso indevido dos meios de comunicação social. O processo envolvia a chamada “folha de pagamento secreta”, com contratações de mais de 27 mil cargos temporários na Ceperj e 18 mil na Uerj.
Os réus, além do governador Cláudio Castro, incluíam o vice-governador Thiago Pampolha, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputados federais, deputados estaduais, suplentes e secretários estaduais. A sessão foi marcada por argumentos sobre a influência dessas contratações no resultado das eleições.
O desembargador Marcello Granado, que pediu vista no processo, foi o primeiro a votar pela absolvição dos réus. Ele argumentou que, apesar das irregularidades, não havia provas claras de interferência nas eleições. Outros desembargadores que votaram pela absolvição destacaram que a contratação de funcionários temporários não teria impacto nos milhões de votos recebidos pelos candidatos.
O relator do processo, Peterson Barroso Simão, anteriormente havia votado pela cassação dos mandatos do governador e de outros réus, mas acabou alterando seu voto e absolvendo um dos réus. A defesa argumentou que as contratações foram feitas com urgência e sem critérios objetivos, sem comprovação de contraprestação de serviço.
Em meio às acusações e argumentações, o cenário político do Rio de Janeiro permanece em destaque, com desdobramentos possíveis a partir da decisão do TRE-RJ. O caso continua gerando repercussões e pode influenciar o cenário eleitoral e político do estado nos próximos anos.