Excesso de umidade prejudica finalização da colheita de soja no norte do Rio Grande do Sul, revela Emater

O excesso de umidade tem prejudicado a finalização da colheita de soja na metade norte do Rio Grande do Sul, de acordo com informações divulgadas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). A umidade presente nos solos tem impactado negativamente a atividade de colheita, mesmo em regiões onde as precipitações foram menores.

Segundo a Emater, nas áreas em colheita, os prejuízos decorrem de grãos germinados, mofados e da debulha natural, que aumentam à medida que o atraso na colheita se estende. Além disso, os custos têm sido elevados devido à colheita em solo úmido, o que leva à utilização parcial dos graneleiros para evitar danos na locomoção devido ao excesso de peso.

A entrega da soja nas unidades de secagem e armazenamento também está comprometida, pois os grãos apresentam alta umidade, muitas vezes próxima a 30%. Para uma armazenagem adequada, é necessário reduzir a umidade para cerca de 14%, mas a capacidade dos secadores é limitada. Isso tem levado as cooperativas a transportar os grãos para secagem em outras regiões, devido à alta demanda de tempo e lenha necessária para a combustão nos locais de colheita.

A estimativa inicial de produtividade era de 3.329 quilos por hectare, mas deverá ser revista para baixo, considerando os prejuízos decorrentes das condições climáticas desfavoráveis.

Além da soja, a colheita de milho também tem enfrentado desafios devido às condições climáticas adversas. A colheita atingiu 92% da área cultivada, e as lavouras remanescentes apresentam sinais de senescência, fungos e germinação em espiga, o que requer urgência na retirada da cultura do campo.

Já a colheita de arroz, que foi retomada recentemente, atingiu 95% da área cultivada. No entanto, as perdas provocadas pela submersão de cultivos maduros e pelo acamamento de plantas têm levado alguns produtores a abandonarem áreas remanescentes. A produtividade também deverá sofrer redução devido aos danos causados pelo excesso de umidade.

Em resumo, as condições climáticas adversas têm impactado significativamente a colheita de grãos no Rio Grande do Sul, o que deverá resultar em redução da produtividade e possíveis prejuízos para os agricultores da região.

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