Um grupo de 42 engenheiros, arquitetos e geólogos divulgou um manifesto na última quinta-feira, no qual explicaram as razões pelas quais a cidade foi tomada pela água do Guaíba durante a maior enchente da história de Porto Alegre. O sistema de proteção da cidade abrange cerca de 60 quilômetros de diques e barragens que se estendem de norte a sul da capital gaúcha.
Além disso, a cidade conta com um muro de proteção chamado Muro da Mauá, que atua como dique para a área central da cidade. Ao longo de sua extensão, existem 14 comportas que permitem a entrada e saída da água, bem como 23 casas de bombas hidráulicas que funcionam como pontos de drenagem em caso de inundação.
Segundo os engenheiros, as deficiências no sistema de comportas foram visíveis durante a acionamento do sistema no ano passado, durante as inundações que ocorreram na região metropolitana. Eles ressaltam que pequenos reparos poderiam ter evitado grande parte das inundações que ocorreram recentemente em Porto Alegre.
O prefeito da cidade, Sebastião Melo, negou falta de manutenção no sistema de proteção contra inundações e atribuiu a falha à concepção do sistema. Ele destacou que o sistema foi projetado há décadas e nunca foi modificado para enfrentar eventos extremos de tamanho considerável.
Enquanto isso, o DMAE informou que está trabalhando para consertar as bombas de drenagem que falharam durante a inundação e garantir que todo o sistema esteja operacional o mais breve possível para evitar danos futuros. Moradores das áreas afetadas ainda enfrentam os impactos das enchentes, que quase colapsaram a cidade há poucas semanas.
