Greve nas Ifes continua após entidades rejeitarem acordo proposto pelo Ministério da Gestão em Serviços Públicos, mantendo pressão por melhores condições.

Professores e técnicos administrativos das universidades e institutos federais de ensino superior (Ifes) decidiram manter a greve que teve início em 15 de abril. As entidades que coordenam a paralisação não aceitaram assinar o acordo proposto pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, afirmando que as negociações devem continuar. O comunicado do ministério informando o encerramento das negociações foi enviado às entidades na quarta-feira (22), com a intenção de firmar um termo de acordo na próxima segunda-feira (27), sem a possibilidade de novas contrapropostas.

O presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Gustavo Seferian, expressou indignação com a postura do governo, classificando a interrupção unilateral das negociações como um ato de intransigência. Segundo ele, o governo não abriu espaço para diálogo e não considerou as demandas dos professores e técnicos administrativos.

A proposta do governo, apresentada em maio, prevê aumentos salariais escalonados de 13,3% a 31% até 2026, sem reajustes neste ano. A categoria exigiu a aplicação imediata de recomposições salariais e rejeitou a proposta do governo por considerar que não contempla todas as suas demandas.

Os líderes do movimento de greve argumentam que há espaço no orçamento para atender as demandas dos professores e técnicos administrativos, especialmente após o desbloqueio de R$2,9 bilhões no relatório orçamentário anunciado pelo governo. Eles enfatizam a necessidade de investimentos nas instituições federais de ensino superior, que sofreram com cortes orçamentários nos últimos anos.

A categoria espera que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva intervenha e ajude a destravar as negociações, demonstrando seu comprometimento com a educação. O diálogo com o governo deve ser retomado no início de junho, mas a posição das entidades é de repúdio ao encerramento unilateral das negociações pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos.

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