O presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Gustavo Seferian, expressou indignação com a postura do governo, classificando a interrupção unilateral das negociações como um ato de intransigência. Segundo ele, o governo não abriu espaço para diálogo e não considerou as demandas dos professores e técnicos administrativos.
A proposta do governo, apresentada em maio, prevê aumentos salariais escalonados de 13,3% a 31% até 2026, sem reajustes neste ano. A categoria exigiu a aplicação imediata de recomposições salariais e rejeitou a proposta do governo por considerar que não contempla todas as suas demandas.
Os líderes do movimento de greve argumentam que há espaço no orçamento para atender as demandas dos professores e técnicos administrativos, especialmente após o desbloqueio de R$2,9 bilhões no relatório orçamentário anunciado pelo governo. Eles enfatizam a necessidade de investimentos nas instituições federais de ensino superior, que sofreram com cortes orçamentários nos últimos anos.
A categoria espera que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva intervenha e ajude a destravar as negociações, demonstrando seu comprometimento com a educação. O diálogo com o governo deve ser retomado no início de junho, mas a posição das entidades é de repúdio ao encerramento unilateral das negociações pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos.