Segundo os dados da OMS, a expectativa de vida mundial diminuiu em 1,8 ano, chegando a uma média de 71,4 anos em 2021, o que representa um retrocesso equivalente ao nível de 2012. Além disso, a expectativa de viver uma vida saudável também foi impactada, com uma diminuição de 1,5 ano, atingindo 61,9 anos em 2021, voltando aos índices registrados em 2012.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, ressaltou a gravidade dessa situação ao destacar que a pandemia reduziu uma década de progressos na expectativa de vida em apenas dois anos. Ele enfatizou a importância de um acordo global sobre pandemias, que não somente fortaleceria a segurança sanitária global, mas também protegeria os investimentos em saúde a longo prazo e promoveria a igualdade tanto dentro dos países quanto entre eles.
Nesta sexta-feira, os países-membros da OMS se reuniram mais uma vez para discutir um acordo sobre o combate às pandemias, porém não conseguiram chegar a um consenso. Tedros Adhanom afirmou que, mesmo diante dos obstáculos, é crucial avançar nessa agenda, uma vez que o mundo continua necessitando de um tratado que aborde esse tema.
A pandemia afetou de maneira desigual as regiões do mundo, com a América e o sudeste asiático sendo as mais prejudicadas, registrando uma diminuição de cerca de três anos na expectativa de vida e de 2,5 anos na expectativa de uma vida saudável. Por outro lado, a região do Pacífico Ocidental foi a menos afetada, com uma queda inferior a 0,1 ano na expectativa de vida e de 0,2 ano na expectativa de vida saudável no mesmo período.
Diante desse cenário, o desafio de conter os impactos da pandemia e procurar soluções globais para proteger a saúde e a qualidade de vida das populações se torna cada vez mais urgente.