O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, encorajou os negociadores a não se lamentarem, enfatizando a importância de um tratado sobre pandemias para o mundo. Mesmo sem um acordo final, ele ressaltou que o aprendizado com essa experiência é fundamental para identificar os desafios e avançar nas negociações.
Os obstáculos para a criação do tratado incluem a falta de preparação e coordenação entre os países, evidenciada pela pandemia de Covid-19. A dependência de poucos produtores de insumos farmacêuticos durante a crise sanitária ressaltou a necessidade de uma arquitetura global para responder a emergências sanitárias em grande escala.
Além disso, a distribuição equitativa de testes, tratamentos e vacinas, bem como a garantia de acesso aos patógenos com potencial pandêmico, são questões fundamentais em discussão. O financiamento do plano, sobretudo para os países mais pobres, também desperta preocupações.
A presidência do Brasil no G20 deste ano destaca a prevenção e resposta a pandemias como um dos principais temas de saúde em pauta. A proposta do país é a criação de uma aliança global para a produção de insumos, medicamentos e vacinas, visando a redução das desigualdades nos sistemas de saúde ao redor do mundo.
Nesse contexto, o impasse nas negociações do tratado de pandemias ressalta a importância de um esforço global coordenado para enfrentar desafios em saúde pública. A próxima reunião da Assembleia Mundial da Saúde, que ocorrerá em Genebra, terá papel crucial para avançar nas discussões e superar os obstáculos que impediram um acordo até o momento.