Presidente do Equador denuncia tentativa de golpe de Estado por narcotráfico, resultando em estado de conflito armado interno.

O presidente equatoriano, Daniel Noboa, fez uma grave denúncia nesta sexta-feira (24) ao revelar que houve uma tentativa de golpe de Estado em janeiro passado, durante uma onda de violência desencadeada pelo narcotráfico. Os acontecimentos resultaram em cerca de 20 mortes e forçaram o país a declarar estado de conflito armado interno para conter os grupos “terroristas”.

Noboa, um presidente jovem que se autodeclara de centro-esquerda, apresentou um relatório de gestão ao Congresso, onde afirmou: “Hoje, depois de diversas informações e de ter desmaterializado alguns dispositivos, vemos inclusive que houve até uma tentativa de golpe de Estado”. Ele destacou que, como equatorianos, estão vivenciando o terrorismo em uma dimensão assustadora.

Tudo começou com a fuga de um líder criminoso de uma prisão, desencadeando ataques intensos de gangues ligadas ao narcotráfico de países como Albânia, México e Colômbia. A situação envolveu detenções violentas, ataques à imprensa, explosões de carros-bomba, sequestro de agentes penitenciários e policiais, além das vítimas fatais.

Diante desse cenário caótico, Noboa decretou estado de exceção para permitir a mobilização dos militares, com a medida durando os 90 dias previstos por lei. Além disso, o presidente declarou o país em conflito armado interno, tendo a possibilidade de prorrogação indefinida segundo a Corte Constitucional Equatoriana.

O chefe de Estado determinou que as Forças Armadas neutralizassem cerca de vinte organizações criminosas, rotuladas de “terroristas” e “beligerantes”, as quais se infiltraram em diversas esferas estatais. Noboa ressaltou que as máfias possuem cúmplices em diferentes níveis do país e estão disseminadas por toda parte.

Com um discurso firme, o presidente equatoriano afirmou que o Estado está combatendo ativamente essas organizações criminosas e que os narcoterroristas estão sendo desarticulados. Ele foi eleito em um pleito antecipado em 2023 para um mandato de 18 meses, e sua atuação durante essa crise tem sido crucial para combater o crime organizado em seu país.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo