Noboa, um presidente jovem que se autodeclara de centro-esquerda, apresentou um relatório de gestão ao Congresso, onde afirmou: “Hoje, depois de diversas informações e de ter desmaterializado alguns dispositivos, vemos inclusive que houve até uma tentativa de golpe de Estado”. Ele destacou que, como equatorianos, estão vivenciando o terrorismo em uma dimensão assustadora.
Tudo começou com a fuga de um líder criminoso de uma prisão, desencadeando ataques intensos de gangues ligadas ao narcotráfico de países como Albânia, México e Colômbia. A situação envolveu detenções violentas, ataques à imprensa, explosões de carros-bomba, sequestro de agentes penitenciários e policiais, além das vítimas fatais.
Diante desse cenário caótico, Noboa decretou estado de exceção para permitir a mobilização dos militares, com a medida durando os 90 dias previstos por lei. Além disso, o presidente declarou o país em conflito armado interno, tendo a possibilidade de prorrogação indefinida segundo a Corte Constitucional Equatoriana.
O chefe de Estado determinou que as Forças Armadas neutralizassem cerca de vinte organizações criminosas, rotuladas de “terroristas” e “beligerantes”, as quais se infiltraram em diversas esferas estatais. Noboa ressaltou que as máfias possuem cúmplices em diferentes níveis do país e estão disseminadas por toda parte.
Com um discurso firme, o presidente equatoriano afirmou que o Estado está combatendo ativamente essas organizações criminosas e que os narcoterroristas estão sendo desarticulados. Ele foi eleito em um pleito antecipado em 2023 para um mandato de 18 meses, e sua atuação durante essa crise tem sido crucial para combater o crime organizado em seu país.