Presidente Milei ataca primeiro-ministro Sánchez e desencadeia grave crise diplomática bilateral com repercussões na Europa.

Em meio a uma crise diplomática bilateral, o presidente argentino, Javier Milei, desferiu ataques ao primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, gerando repercussão na Europa. As tensões surgiram após Milei chamar a esposa de Sánchez, Begoña Gómez, de “corrupta”, durante uma reunião em Madri com líderes de extrema-direita.

Em declarações polêmicas, Milei afirmou que Sánchez se tornou motivo de chacota na Europa por sua postura em questões diplomáticas. Essa troca de farpas entre os líderes dos dois países provocou a convocação de volta da embaixadora espanhola em Buenos Aires e a exigência de um pedido de desculpas por parte da Espanha.

As acusações de Milei contra Begoña Gómez estão relacionadas a uma investigação preliminar aberta pela Justiça espanhola em abril, que suspeitava de tráfico de influência e corrupção por parte da esposa de Sánchez. No entanto, o Ministério Público solicitou o arquivamento do caso pouco depois.

As declarações geraram reações incisivas por parte do governo espanhol. A número três do governo de Sánchez, Yolanda Díaz, acusou o presidente argentino de semear “ódio”, enquanto o ministro dos Transportes, Oscar Puente, insinuou que Milei estaria sob efeito de drogas durante seus discursos.

Em entrevista à TV, Milei continuou os ataques a Sánchez, chamando-o de “incompetente, mentiroso e covarde”. Essa crise diplomática se tornou a pior enfrentada pelo governo do líder argentino de extrema-direita, que já teve conflitos com outros líderes da região.

Nos seus seis meses de mandato, Milei já difamou diversos líderes de esquerda, consolidando sua reputação como um presidente controverso e provocador. As tensões entre Argentina e Espanha continuam a alimentar o cenário político e diplomático na região.

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