O primeiro-ministro Rishi Sunak havia anunciado a data das próximas eleições legislativas para 4 de julho, e o Parlamento não terá tempo de votar o projeto de antitabagismo antes do término de sua atual legislatura.
O projeto ambicioso de Sunak visava impedir que os jovens com menos de 15 anos pudessem comprar cigarros legalmente, garantindo que os nascidos após 1º de janeiro de 2009 fossem a primeira geração sem dependência de nicotina no Reino Unido.
Apesar de ter superado um obstáculo ao conseguir aprovação na Câmara dos Comuns, com 383 votos a favor e 67 contra, o projeto não será votado antes do término da legislatura.
Os conservadores pretendiam elevar progressivamente a idade de proibição da venda de tabaco até abranger toda a população, visando eliminar gradualmente o tabagismo entre os jovens até 2040.
Com as eleições se aproximando, o Partido Conservador parece ter poucas chances de se manter no poder, já que está em desvantagem nas intenções de voto em relação aos trabalhistas.
Sunak expressou seu desapontamento por não poder aprovar o projeto neste momento, enquanto a oposição trabalhista se comprometeu a dar continuidade à política antitabagismo se vencer as eleições.
Além disso, o governo está focando em aprovar outro projeto de lei que permite indenizações às famílias das vítimas do escândalo do sangue contaminado, que resultou em cerca de 3.000 mortes entre as décadas de 1970 e 1990.
Por outro lado, o controverso plano de deportar solicitantes de asilo irregularmente chegados ao Reino Unido para Ruanda pode não se concretizar antes das eleições, admitiu Sunak.
Ao enfrentar esses desafios políticos, o futuro do Reino Unido e suas políticas públicas permanecem incertos.
