O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, condenou veementemente a ação russa, classificando-a como parte de um padrão de comportamento provocativo e ações híbridas por parte da Rússia. Borrell afirmou que tais ações são inaceitáveis e destacou a gravidade do incidente.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, manifestou solidariedade com a Estônia, aliada da organização militar, diante de qualquer ameaça à sua soberania. Ele reforçou o compromisso da Otan em defender e proteger os seus membros diante de quaisquer agressões externas.
A situação ainda está sendo investigada, com a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, buscando esclarecer o ocorrido com a Rússia. Enquanto isso, o Ministério das Relações Exteriores do país báltico classificou o episódio como um incidente fronteiriço provocativo.
Essa tensão entre Rússia e Estônia tem raízes históricas, uma vez que a Estônia foi parte da União Soviética por meio século e a independência conquistada em 1991 gerou desafios nas relações com Moscou. O agravamento das tensões após a adesão da Estônia à UE e à Otan em 2004 tem sido evidente, especialmente com a invasão russa à Ucrânia em 2022.
A remoção das boias no rio Narva é mais um capítulo nessa saga de confrontos e desentendimentos entre os dois países. A comunidade internacional segue atenta às movimentações na região, na esperança de que uma solução diplomática seja encontrada para evitar um agravamento ainda maior das tensões.