O presidente da entidade, Dyogo Oliveira, ressaltou que muitos segurados ainda não comunicaram as ocorrências de sinistros, uma vez que estão lidando com questões mais urgentes, como salvaguardar suas vidas e seus bens. Ele prevê que este será, provavelmente, o maior conjunto de indenizações já pago pelo setor segurador no Brasil em decorrência de um único evento, superando até mesmo a tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho (MG) em 2019.
Oliveira afirmou que as seguradoras estão agindo rapidamente para pagar os sinistros mais simples, com processos simplificados e pagamentos sendo efetuados em até 48 horas. Os dados fornecidos pelas 140 seguradoras associadas à CNseg indicam que a maioria dos avisos de sinistros provém de clientes residenciais/habitacionais, seguido por clientes de seguro automotivo e seguro agrícola.
Por outro lado, os seguros empresarial, de transporte, riscos diversos e riscos de engenharia registram um número menor de sinistros, porém, com valores de indenizações mais expressivos. Os seguros contra grandes riscos, que abrangem empreendimentos de infraestrutura, também foram impactados, mas ainda é difícil avaliar os prejuízos enquanto as áreas seguradas permanecem alagadas.
Apesar da magnitude dos estragos e dos valores envolvidos, o presidente da CNseg tranquiliza a população ao afirmar que o sistema de seguros está preparado para arcar com as indenizações devidas. Ele ressaltou que as empresas seguradoras têm demonstrado um comprometimento significativo com a população gaúcha, adotando medidas eficazes para atender às necessidades dos segurados durante esse momento difícil. A recomendação de prorrogar os vencimentos dos contratos e reforçar as equipes de atendimento são exemplos das ações empreendidas pelo setor segurador para auxiliar a comunidade afetada pelos temporais.
