Senador Eduardo Girão critica decisões do STF e afirma: “Estamos vivendo uma ditadura da toga”

Na última sexta-feira, o senador Eduardo Girão, do Novo-CE, fez duras críticas às decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) que beneficiaram figuras importantes envolvidas na Operação Lava Jato. Em seu pronunciamento, Girão afirmou que o STF tem atuado como um “protagonista” do país, ressaltando que “o mundo está olhando para cá, pois é uma ditadura que existe aqui, a da toga”.

De acordo com o senador, a semana foi marcada por inversões de prioridades e valores por parte da mais alta corte do país, com decisões que acabaram por beneficiar pessoas envolvidas em corrupção e lavagem de dinheiro. Girão afirmou que tais ações representam um verdadeiro tapa na cara da sociedade, considerando que a Lava Jato, que completou recentemente dez anos, teve o mérito de colocar poderosos políticos e empresários corruptos atrás das grades.

O parlamentar não deixou de mencionar a coincidência temporal entre as decisões do STF e a votação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a cassação do mandato do senador Sergio Moro. Para Girão, a escolha estratégica da data para tais julgamentos foi intencional, buscando passar a mensagem de que “tudo é um balaio só”. O senador ainda criticou veementemente o julgamento no STF dos envolvidos na invasão às sedes dos Três Poderes em Brasília, argumentando que os réus não possuem foro privilegiado e, portanto, não deveriam ser julgados pela Corte.

Diante dessas considerações, fica claro que o senador Eduardo Girão manifestou sérias preocupações em relação à atuação do STF e às decisões recentes que têm atingido diretamente a condução de casos de grande repercussão nacional. Sua fala reflete a busca por transparência, justiça e respeito à ordem democrática, em meio a um cenário de incertezas e questionamentos sobre os rumos da justiça no Brasil.

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