Brasil se prepara para segunda emissão de títulos soberanos sustentáveis no mercado internacional financiando projetos de economia circular e saneamento.

O Brasil se prepara para lançar a segunda emissão de títulos soberanos sustentáveis no mercado internacional, visando financiar projetos de economia circular e saneamento. Diferentemente da primeira emissão, que ocorreu no ano passado, esta nova rodada terá uma distribuição interna de recursos alterada.

De acordo com o Relatório de Pré-Emissão divulgado pelo Tesouro Nacional, os projetos ambientais receberão entre 50% a 60% dos recursos levantados no mercado exterior, enquanto os projetos sociais terão entre 40% a 50%. A distribuição do dinheiro obtido será destinada a nove segmentos, sendo sete ligados à área ambiental e dois à área social.

Entre os projetos ambientais a serem contemplados, estão a energia renovável, transporte limpo, controle de emissões de gases de efeito estufa, adaptação às mudanças climáticas, biodiversidade terrestre e aquática, eficiência energética e agora também a economia circular. Já os projetos sociais abrangerão o combate à pobreza e o acesso à infraestrutura básica, principalmente saneamento.

A nova emissão de títulos verdes também terá um foco maior em projetos de transporte limpo e energia renovável, em comparação com a primeira emissão. A atualização dos projetos sociais visa a melhor distribuição dos recursos levantados no mercado externo.

Além disso, os recursos obtidos com a emissão dos títulos verdes contribuirão para financiar ações de reconstrução no Rio Grande do Sul, conforme anunciado pelo governo. No entanto, o Tesouro ressaltou que as despesas oriundas dessas medidas serão analisadas de acordo com o Arcabouço Brasileiro para Títulos Soberanos Sustentáveis, podendo ser incluídas na alocação de recursos levantados.

A taxa de retorno para os compradores dos títulos verdes está estimada entre 6,15% e 8% ao ano, similar ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima. A segunda emissão dos títulos verdes está prevista para ocorrer até o final do ano, aguardando o momento mais oportuno do mercado internacional. A expectativa é repetir o sucesso da primeira emissão, que captou US$ 2 bilhões no ano passado.

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