Segundo o procurador Gilberto Villarreal, Uribe é acusado de oferecer dinheiro e outros benefícios a testemunhas de atos criminosos para que distorcessem a verdade. O ex-presidente, que ocupou o cargo de 2002 a 2010, argumentou sua inocência e pediu a anulação do caso, mas teve seu pedido negado pela juíza Sandra Heredia.
Uribe, aos 71 anos, é considerado um dos políticos mais influentes da Colômbia e sua defesa argumenta que ele está sendo vítima de uma conspiração planejada por juízes e opositores. O ex-presidente alega ter sido alvo de interceptações ilegais para obter provas contra si. Além disso, ele enfrenta acusações relacionadas a grupos paramilitares que atuaram violentamente contra guerrilhas de esquerda nas décadas passadas.
O processo contra Uribe teve início quando ele acusou o congressista de esquerda Iván Cepeda, em 2012, de buscar testemunhos falsos para incriminá-lo. No entanto, a Suprema Corte rejeitou as acusações contra Cepeda e passou a investigar Uribe por manipulação de testemunhas. Isso levou à prisão domiciliar do ex-presidente em 2020, uma medida posteriormente revogada.
As próximas etapas do processo estão agendadas para julho, incluindo a acusação de outros envolvidos no suposto esquema de suborno e fraude. Uribe, que foi conhecido por sua política de linha dura contra as guerrilhas, enfrenta agora a justiça e a possibilidade de uma condenação que pode chegar a até 12 anos de prisão.
Em meio a escândalos e processos judiciais, a reputação de Álvaro Uribe tem sido questionada nos últimos anos. Casos relacionados a violações dos direitos humanos e crimes cometidos durante seu governo podem manchar ainda mais a trajetória política do ex-presidente colombiano. A justiça está em curso, e o desfecho do julgamento de Uribe pode marcar um capítulo importante na história do país.
