O nível do Guaíba baixou 16 centímetros no período de 25 a 26 de maio. Mesmo com essa redução, a medição de 4,16 metros se manteve até as 8h do dia 26. A cota de inundação estabelecida para o local é de 3 metros.
Os sacos de contenção, conhecidos como bags, são sacos grandes feitos de ráfia, um material resistente utilizado na construção civil, preenchidos com areia e cimento. Eles endurecem à medida que a água chega até eles. Até o momento, quatro das 14 comportas foram fechadas com cerca de 50 a 80 bags cada uma.
Após dias sem chuva, Porto Alegre teve uma precipitação intensa ao longo de toda a última quinta-feira, resultando em alagamentos em ruas e avenidas da cidade. Algumas regiões, principalmente no centro-sul e sul, que haviam secado após as enchentes do início do mês, voltaram a ficar inundadas, levando à retirada de moradores de suas casas.
O mês de maio de 2024 já acumula 486,7 milímetros de chuva em Porto Alegre, o maior volume da história da cidade desde 1916. Apesar do sistema de proteção contra inundações ser robusto, eficiente e fácil de operar, falhas foram apontadas devido à falta de manutenção adequada por parte da prefeitura e do Dmae.
Engenheiros, arquitetos e geólogos divulgaram um manifesto sobre a maior inundação da história da cidade, identificando avarias na estrutura das comportas como um dos principais problemas. Essas falhas permitiram o extravasamento da água do Guaíba, inundando casas de bombas que pararam de funcionar durante o auge das enchentes.
