O ataque foi realizado por um jovem armado com um rifle de assalto, que causou a morte de 19 crianças entre 9 e 10 anos, além de duas professoras de 44 e 48 anos. A resposta das forças de segurança se deu 77 minutos depois do início do massacre. As empresas citadas na ação são a Meta, matriz do Instagram; a Activision, distribuidora de jogos como “Call of Duty”; e a Daniel Defense, fabricante do rifle AR-15 utilizado pelo atirador.
O advogado Koskoff argumentou que as empresas desempenharam um papel significativo no desencadeamento do comportamento do agressor, expondo-o à arma, condicionando-o a usá-la como solução para seus problemas e treinando-o para o ataque. Ele ainda destacou que o jogo “Call of Duty” virtualmente treina os jogadores para matar, enquanto o Instagram e a Daniel Defense contribuíram de forma agressiva para a glorificação do uso de armas.
As empresas Meta e Activision estão enfrentando processos na Califórnia, enquanto a fabricante de armas Daniel Defense foi processada localmente em Uvalde, Texas. Em meio a essa ação legal, as famílias das vítimas chegaram a um acordo de indenização de 2 milhões de dólares com a cidade de Uvalde, em uma tentativa de compensar as “falhas críticas” da polícia local durante o ataque.
Os ataques a tiros em escolas têm se tornado uma triste realidade nos Estados Unidos, um país onde a posse de armas de fogo é amplamente difundida e os regulamentos para aquisição, inclusive de rifles de estilo militar, são considerados flexíveis. A discussão sobre a responsabilidade das empresas envolvidas no fornecimento de armas e na promoção de jogos violentos continua sendo um tema sensível e controverso que requer reflexão por parte da sociedade e das autoridades competentes.