Governo federal autoriza compra de até 1 milhão de toneladas de arroz estrangeiro para garantir abastecimento no Brasil em meio a crise climática.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma medida provisória na última sexta-feira (24), através da qual o governo federal autorizou a compra de até um milhão de toneladas de arroz estrangeiro. A finalidade da medida é garantir o abastecimento de arroz em todo o país, principalmente devido aos impactos do fenômeno climático que atingiu o Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional do cereal.

Com um investimento de R$ 7,2 bilhões, o governo estabeleceu o preço tabelado de R$ 4 por quilo de arroz importado. A ideia é assegurar que o arroz chegue diretamente aos consumidores finais, mantendo o suprimento alimentar em todo o território nacional. A responsabilidade pela aquisição do arroz estrangeiro cabe ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O arroz adquirido será vendido diretamente para mercados de bairro, supermercados, hipermercados e outros estabelecimentos comerciais com uma ampla rede de pontos de venda nas regiões metropolitanas. O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou a importância da medida provisória para garantir a segurança alimentar da população brasileira.

Por outro lado, o governo do Rio Grande do Sul argumenta que a safra de arroz local é suficiente para suprir a demanda do país. Mesmo com as perdas causadas pelas inundações em maio, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) estima uma produção de cerca de 7,1 milhões de toneladas na safra 2023/2024, número semelhante ao da safra anterior.

O presidente do Irga, Rodrigo Machado, ressaltou que, apesar das perdas, a safra de arroz do estado está próxima à do ano anterior, o que descarta a possibilidade de desabastecimento. Com isso, a decisão do governo federal de autorizar a importação de arroz estrangeiro tem o objetivo de garantir a segurança alimentar do país diante de possíveis problemas climáticos e imprevistos na produção local.

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