A capital gaúcha enfrentou uma intensa precipitação ao longo da última quinta-feira, após vários dias sem chuva. Como resultado, ruas e avenidas ficaram alagadas e alguns bairros, especialmente no centro-sul e sul da cidade, que já haviam secado após as enchentes do início do mês, voltaram a ficar inundados, obrigando moradores a deixarem suas casas.
Engenheiros, arquitetos e geólogos apontam falhas no sistema de proteção contra inundações de Porto Alegre, atribuindo a origem do problema à falta de manutenção contínua por parte da prefeitura e do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE). Um manifesto divulgado por esses profissionais alerta para as consequências da maior enchente da história da cidade.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de perigo potencial no Rio Grande do Sul devido à previsão de queda de temperatura entre 3 e 5 graus Celsius até as 18h deste domingo. Em Porto Alegre, a temperatura deve variar entre 10°C e 14°C neste sábado, e há previsão de tempo nublado ao longo do fim de semana, com possibilidade de novas chuvas no início da próxima semana.
Segundo a Defesa Civil do estado, 469 municípios foram afetados pelas enchentes, com um total de 55.791 pessoas em abrigos, 581.638 desalojados e 2.345.400 afetados. O número de óbitos confirmados chega a 165, com 806 feridos e 64 desaparecidos, além de 83.593 pessoas e 12.497 animais já resgatados na região. A situação das precipitações na região ainda é um desafio a ser enfrentado nos próximos dias.