Entretanto, na última sexta-feira, cinco novas embarcações com 288 migrantes a bordo chegaram ao sul da Inglaterra, de acordo com informações divulgadas pelo Ministério do Interior no sábado. Ao longo deste ano, 10.170 pessoas já conseguiram atravessar o Canal da Mancha, oriundas principalmente do Afeganistão, Irã e Turquia. Esses números representam um aumento de mais de 35% em comparação ao ano anterior.
Em uma tentativa de dissuadir os migrantes de virem para o Reino Unido, o governo conservador propôs uma nova lei que permitiria a deportação de milhares de solicitantes de asilo para Ruanda. No entanto, o primeiro-ministro Rishi Sunak admitiu na quinta-feira que é improvável que esse projeto controverso seja implementado antes das eleições.
Em meio às críticas e promessas eleitorais, o ministro do Interior, James Cleverly, afirmou nas redes sociais que o governo tomará medidas ousadas para conter a entrada de migrantes no país. Enquanto isso, os trabalhistas, que lideram as pesquisas com mais de 20 pontos de vantagem sobre os conservadores, se comprometeram a abandonar a política de deportação para Ruanda, destacando-a como um sistema dispendioso e ineficaz.
Com a campanha eleitoral em pleno andamento, a questão da imigração ilegal continua sendo um assunto de grande relevância e polarização no cenário político do Reino Unido. A população aguarda para ver como os candidatos abordarão essa questão crítica e como suas propostas poderão impactar a situação dos migrantes no país.
