De acordo com os dados coletados pelo NIC.br, apenas 3.640 unidades escolares têm uma conexão à internet com velocidade de download igual ou superior a 1 Megabyte por segundo (Mbps), que é a velocidade recomendada pela Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec), do governo federal.
O supervisor de projetos de ciência de dados do NIC.br, Paulo Kuester Neto, ressaltou a importância da conexão à internet nas escolas, principalmente diante do cenário em que a tecnologia da informação se torna cada vez mais presente no ambiente escolar. Ele explicou que a velocidade adequada é essencial para atender às diversas demandas dos estudantes, professores e demais usuários da rede.
Kuester Neto enfatizou que a velocidade recomendada pela Enec é calculada levando-se em consideração que todos os estudantes presentes no maior turno escolar tenham condições de realizar atividades diversas, como assistir a vídeos, acessar redes sociais e navegar na internet sem dificuldades.
Apesar dos esforços do Ministério da Educação (MEC) para ampliar o acesso à internet de qualidade nas escolas públicas, ainda há muito a ser feito. O próprio NIC.br realiza medições de velocidade incentivado pelo MEC, a fim de garantir que as instituições de ensino cumpram as diretrizes estabelecidas pela Enec.
Um ponto destacado na pesquisa foi a discrepância regional, com o Norte do país apresentando menor cobertura e qualidade de conexão à internet. Estados como Acre, Amazonas, Amapá, Roraima e Pará estão entre os que possuem velocidades mais baixas. Já na região Sul e em estados como Goiás, a qualidade da conexão é mais elevada.
Em resumo, o estudo indica que, embora 89% das escolas públicas estaduais e municipais estejam conectadas à internet, apenas 11% delas possuem velocidade suficiente para atender às demandas atuais. A busca por uma melhor infraestrutura e mais investimentos na área educacional são cruciais para garantir um acesso equitativo à tecnologia digital nas escolas do Brasil.