Desinformação contamina debate eleitoral no México e gera dúvidas sobre candidatas Claudia Sheinbaum e Xóchitl Gálvez.

As eleições presidenciais no México estão cada vez mais acirradas, não apenas nas ruas, mas também nas redes sociais, onde milhões de mexicanos têm acesso às informações que circulam sobre os candidatos. A candidata Claudia Sheinbaum, de origem judaica, tem sido alvo de uma série de acusações falsas, como a proposta de fechar a Basílica de Guadalupe, sem embasamento em seu plano de governo.

Já sua adversária, Xóchitl Gálvez, também não escapou das informações distorcidas que circulam na internet. Ela tem sido acusada de querer eliminar programas sociais essenciais, com base em vídeos antigos ou fora de contexto. Essas fake news têm contaminado o debate político e gerado dúvidas sobre o processo eleitoral, alimentando um clima de desconfiança.

A desinformação é tão grave que, segundo o analista político Felipe López Veneroni, ela pode provocar um efeito contrário ao desestimular o voto e gerar um estado de confusão entre os eleitores. As acusações infundadas e os discursos de ódio direcionados às candidatas também são preocupantes, pois minam a capacidade de governar e desqualificam as mulheres que buscam ocupar cargos políticos de destaque.

Além disso, a desinformação mira também os imigrantes, acusando-os de serem comprados por meio de benefícios sociais para votar em determinada candidata. No entanto, o Instituto Nacional Eleitoral esclareceu que apenas cidadãos mexicanos têm direito a votar e que não concede credenciais a estrangeiros não naturalizados.

Diante dessa enxurrada de informações falsas e agressões nas redes sociais, a população mexicana precisa ficar atenta e buscar fontes confiáveis para se informar sobre os candidatos e suas propostas. A desinformação pode afetar o rumo das eleições e comprometer a legitimidade do processo democrático. Portanto, é fundamental combater as fake news e promover um debate político mais honesto e construtivo.

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