O presidente da Conferência Episcopal Argentina, Oscar Ojea, fez questão de destacar a gravidade da situação em um país onde mais da metade da população vive abaixo da linha da pobreza. Em sua mensagem, Ojea ressaltou a importância da sensibilidade diante da falta de alimentos em outras mesas e clamou pela entrega imediata dos mantimentos aos necessitados.
Por outro lado, o porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, admitiu que os alimentos realmente existem nos depósitos do governo, mas justificou a interrupção do abastecimento alegando irregularidades nos recibos das organizações sociais. Adorni assegurou que os alimentos serão distribuídos, mas não deu detalhes sobre como isso será feito.
Enquanto isso, organizações sociais denunciam que cerca de 45.000 refeitórios comunitários em todo o país foram afetados pela falta de alimentos, resultante da interrupção do governo no fornecimento. Muitos desses locais deixaram de funcionar, enquanto outros continuam operando com doações privadas.
Diante dessa grave situação, a sociedade argentina aguarda ansiosamente por uma solução que garanta o direito básico e essencial à alimentação para aqueles que mais necessitam. Enquanto o impasse persiste, a solidariedade e a compaixão se mostram mais necessárias do que nunca para enfrentar a crise alimentar que assola o país.