De acordo com informações da delegação do Governo local, cerca de 20 mil pessoas participaram do ato, no entanto, os organizadores afirmaram que esse número foi quatro vezes maior. Durante o protesto, o líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, dirigiu-se a Sánchez pedindo que retirasse a proposta de anistia, enquanto os manifestantes gritavam “Pedro, demissão!”.
O clima de tensão política entre o governo e a oposição conservadora e de extrema direita foi evidenciado ainda mais com a investigação judicial à esposa de Sánchez, Begoña Gómez, por corrupção e tráfico de influências. A situação levou Sánchez a se retirar da vida pública por cinco dias para considerar sua renúncia, mas posteriormente anunciou que permaneceria no cargo.
A possível anistia aos independentistas catalães foi uma exigência dos partidos da Catalunha para apoiar a investidura de Sánchez, que lhe permitiu governar novamente, apesar de ter ficado em segundo lugar nas eleições.
O Congresso dos Deputados deve aprovar a lei de anistia na quinta-feira, beneficiando cerca de 400 independentistas relacionados à tentativa de secessão da Catalunha em 2017. A medida pode abrir caminho para o retorno de Carles Puigdemont, ex-presidente regional catalão, que se refugiou na Bélgica e agora poderá voltar à Espanha.
Diante desse cenário, os espanhóis demonstram preocupações e oposições ao perdão aos líderes separatistas, temendo que isso possa estender-se a outras questões mais sensíveis, como a possível anistia aos presos da organização armada basca ETA.
Em resumo, a Espanha enfrenta um momento de grande tensão política e social, enquanto a questão da anistia aos independentistas catalães segue gerando debates acalorados entre governo e oposição. A população espanhola aguarda atentamente as decisões que serão tomadas nos próximos dias para entender os rumos do país diante dos desafios políticos em curso.