Manifestantes em Madri protestam contra o governo de Pedro Sánchez e a anistia aos independentistas catalães prevista para quinta-feira.

Neste domingo, uma multidão se reuniu no centro de Madri em um protesto contra o governo espanhol liderado pelo socialista Pedro Sánchez, bem como contra a possível anistia aos independentistas catalães, que está prevista para ser aprovada na quinta-feira. A concentração foi convocada pelo Partido Popular (PP) e reuniu dezenas de milhares de pessoas, que ocuparam diversas ruas, desde a Puerta de Alcalá até a Gran Vía, passando pela praça de Cibeles.

De acordo com informações da delegação do Governo local, cerca de 20 mil pessoas participaram do ato, no entanto, os organizadores afirmaram que esse número foi quatro vezes maior. Durante o protesto, o líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, dirigiu-se a Sánchez pedindo que retirasse a proposta de anistia, enquanto os manifestantes gritavam “Pedro, demissão!”.

O clima de tensão política entre o governo e a oposição conservadora e de extrema direita foi evidenciado ainda mais com a investigação judicial à esposa de Sánchez, Begoña Gómez, por corrupção e tráfico de influências. A situação levou Sánchez a se retirar da vida pública por cinco dias para considerar sua renúncia, mas posteriormente anunciou que permaneceria no cargo.

A possível anistia aos independentistas catalães foi uma exigência dos partidos da Catalunha para apoiar a investidura de Sánchez, que lhe permitiu governar novamente, apesar de ter ficado em segundo lugar nas eleições.

O Congresso dos Deputados deve aprovar a lei de anistia na quinta-feira, beneficiando cerca de 400 independentistas relacionados à tentativa de secessão da Catalunha em 2017. A medida pode abrir caminho para o retorno de Carles Puigdemont, ex-presidente regional catalão, que se refugiou na Bélgica e agora poderá voltar à Espanha.

Diante desse cenário, os espanhóis demonstram preocupações e oposições ao perdão aos líderes separatistas, temendo que isso possa estender-se a outras questões mais sensíveis, como a possível anistia aos presos da organização armada basca ETA.

Em resumo, a Espanha enfrenta um momento de grande tensão política e social, enquanto a questão da anistia aos independentistas catalães segue gerando debates acalorados entre governo e oposição. A população espanhola aguarda atentamente as decisões que serão tomadas nos próximos dias para entender os rumos do país diante dos desafios políticos em curso.

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