Repórter Recife – PE – Brasil

Ataque israelense em Rafah deixa 45 mortos e dezenas de feridos; Investigação segue em Israel após a tragédia.

Na última noite, a região sul da Faixa de Gaza foi palco de um bombardeio israelense que resultou em um verdadeiro campo de destruição e morte. Segundo relatos de Mohamad Hamad, as pessoas não foram simplesmente feridas ou mortas, mas sim carbonizadas. Em meio aos escombros, crianças em busca de comida recolhiam sacos de batata frita, que se salvaram das chamas, enquanto homens tentavam limpar o que restou das barracas.

O ataque, que durou horas, vitimou pelo menos 45 pessoas, de acordo com autoridades locais. Entre as vítimas, estava uma jovem de apenas 13 anos, que teve seu rosto arrancado pelo impacto da explosão. O Exército de Israel alega que o bombardeio visava atingir uma instalação do Hamas, organização considerada terrorista por diversos países, e que resultou na morte de duas autoridades do movimento.

Os destroços do campo de deslocados em Rafah testemunham a tragédia que se abateu sobre o local. Pedaços de chapa enegrecidos, tábuas de madeira carbonizadas e corpos carbonizados são visões que assombram os sobreviventes. Para os que ali estavam, o barulho e a luminosidade intensa que precederam o ataque remetem a uma cena de filme de terror.

Uma clínica local se tornou o local para onde os corpos foram levados, cobertos por lençóis brancos, à espera de seus enterros. Em meio à dor e ao sofrimento, relatos como o de Ahmed Miqdad, que perdeu a irmã grávida de sete meses no ataque, evidenciam a brutalidade dos acontecimentos.

Tanto o Exército de Israel quanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmaram que o bombardeio está sendo investigado, caracterizando-o como um “acidente trágico”. Enquanto isso, a comunidade internacional se mobiliza para discutir e repercutir a situação, que deixou um rastro de destruição e morte em Rafah.

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