O Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) é o instrumento utilizado para identificar e registrar essa população vulnerável, que inclui beneficiários de programas como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A falta de políticas públicas estruturantes voltadas para esse grupo é apontada como uma das razões para esse aumento, segundo o coordenador do observatório, André Dias.
Dias ressalta que o cadastro é a porta de entrada para acesso aos benefícios sociais e que, ao longo do último ano, houve um aumento no número de cadastros realizados. Esse fortalecimento da base de dados contribui para a identificação e assistência às pessoas em situação de rua.
No entanto, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo contesta os dados apresentados pelo observatório. Segundo a secretaria, o cadastro é cumulativo e autodeclaratório, o que pode não refletir a realidade da cidade. Um censo municipal realizado em 2021 indicou que havia 31,8 mil pessoas em situação de rua na capital paulista.
Apesar das controvérsias, é importante notar que o CadÚnico desempenha um papel fundamental na identificação e no apoio a populações em vulnerabilidade social. A falta de um censo nacional que contabilize a população em situação de rua torna o cadastro ainda mais relevante, servindo como uma ferramenta consistente e regular para direcionar políticas públicas e programas de assistência a quem mais precisa.
Diante desse cenário, é fundamental que as autoridades, organizações e a sociedade em geral se unam para encontrar soluções efetivas que possam combater o aumento da população em situação de rua e garantir o acesso digno a moradia, trabalho e educação para todos os cidadãos. A atenção a essa questão não só alivia o sofrimento das pessoas em situação de rua, mas também promove uma sociedade mais justa e inclusiva para todos.
