De acordo com o porta-voz da ATIC, Jorge Galindo, quatro sepulturas foram encontradas na semana passada e mais três foram descobertas recentemente. As autoridades acreditam que o número de corpos enterrados possa ultrapassar 15 pessoas, e as buscas ainda estão em andamento para localizar outras possíveis vítimas. A análise dos restos mortais será feita pelo Instituto de Medicina Legal para determinar a data e as circunstâncias das mortes.
Galindo ressaltou que essas pessoas podem ter sido assassinadas por se recusarem a deixar suas casas, após serem coagidas por membros das gangues a abandonar suas residências para serem utilizadas nas atividades criminosas desses grupos. Honduras é conhecida por ser um dos países mais violentos da América Central, com taxas de homicídio muito acima da média mundial.
O relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados destaca a falta de políticas públicas eficazes para lidar com o deslocamento forçado de pessoas devido à violência no país. As gangues locais continuam a aterrorizar bairros inteiros nas principais cidades, causando mortes, extorsões e obrigando pessoas a deixarem suas casas.
Essa descoberta macabra das sepulturas clandestinas em Honduras traz à tona a grave situação de violência e insegurança que assola o país, exigindo medidas urgentes das autoridades para enfrentar esse problema crônico que afeta a população local.
